Calendário anual do amor

Lembram do calendário anual do humor que postei aqui? Aquele que te permite expressar com carinhas como você se sentiu dia-a-dia durante um ano? Então, os mesmos produtores da Brigada Creativa acabaram de por à venda um parecido, mas relacionado única e exclusivamente ao amor:

tá quente, tá frio, tá frio, tá quente…

Procura-se um amor… Que goste de música!

criaram a ferramenta para encontrar sua alma gêmea musical

Depois de eu ter comentado aqui sobre o “Alikewise”, uma espécie de rede de encontros que forma casais a partir de seus gostos literários, nada mais justo que falar do “Tastebud”, que realiza o sonho de  gente que curte uma banda do norte da Escandinávia e adoraria ter um namorado pra levar no show e curtir agarradinho.

Expectativas: elas te pegam

Já que muitos e muitas adoraram essa passagem deste post: “expectativas geralmente estão aí para te foder. Elas servem para isso e te fodem bem do jeito que você não quer”, e vivem comentando comigo, achei que estes quadrinhos fariam muito bem para ilustrá-la:

E, claro, se você não leu o post, vale clicar.

Sobre Michael Cera e “Paper Heart”

Se existe uma musa indie, ela é Zooey Deschanel. Agora se existe um muso indie, ele é Michael Cera.

Não lembro quando exatamente foi meu primeiro encontro com o rapaz, creio que foi numa sessão pouco aconchegante de “Juno” no HSBC da Consolação com a Paulista. O filme não me agradou lá grandes coisas, mas o jovem papai e a trilha sonora me deixaram um tanto quanto curiosa.

Romance na telona sexta-feira: “Querido John”

Channing Tatum, Amanda Seyfried e um beijo daqueles

“Querido John” estreia nesta sexta-feira (amanhã!) e promete abalar os corações das mocinhas desprevenidas. Isso porque seu roteiro é adaptado do livro homônimo escrito por Nicholas Sparks, autor de outra história de sucesso levada às telonas, “Diário de Uma Paixão”. E, bem, o protagonista é lindo.

“Gorda”: quanto custa o espelho?

Michael Bertovitch e Fabiana Karla em cena da peça “Gorda”, em cartaz em São Paulo

Como eu mesma disse quando apresentei a peça por aqui para a promoção, “Gorda” dá a leve impressão de ser uma comédia, do tipo “vou para o teatro rolar de rir e devo pensar um pouquinho”, assim como as boas comédias fazem.

Algo na sinopse me deixou com a pulga atrás da orelha, e mais ainda o fato do ator Michael Bertovitch ter sido indicado ao prêmio Shell. Não que comédias não concorram, não estou dizendo isso, mas apenas me atentei ao fato de que uma boa carga dramática devia acontecer ali, na parte masculina do casal, e não na moça gordinha do título da peça, interpretada por Fabiana Karla, atriz de “Zorra Total”, que empresta sua fama voltada para a comédia para contribuir com a bela surpresa que é este espetáculo.

No palco, eles são Tony e Helena, casal que se conhece por acaso num self-service. Ele comendo tofu, ela pudim. A bibliotecária carrega uma sacola de DVDs que se torna o assunto do par, e o executivo descobre que existe vida inteligente acima do manequim 44 (ou algo assim, texto da própria personagem).

Vidrado no alto-astral da moça, ele resolve deixar seu próprio preconceito de lado e mergulhar no relacionamento. Apaixonados, os dois passam a viver uma história linda, mas na escuridão. Enquanto Helena procura entender o porquê do namorado nunca levá-la para conhecer os amigos, ele passa o tempo se revezando entre os comentários de um colega de trabalho obcecado por mulheres de corpo perfeito (Mouhamed Harfouch) e uma ex-ficante (Flávia Rubim), também do trabalho. Uma garota narcisista que não consegue entender como foi trocada por uma… “gorda”.

Flávia Rubim em cena

Em pouco tempo, a plateia percebe o quanto os três personagens daquele escritório tem lá seus problemas. A mocinha que não consegue suportar o fora, o colega de trabalho que é traumatizado com mulheres gordas por situações de infância, e o protagonista, incapaz de dar um passo a frente por si próprio. Por fim, a única pessoa realmente feliz e bem resolvida é a nossa Helena, que ainda é obrigada a provar diariamente para o mundo que não está de dieta, e nem um pouco preocupada com isso.

Com direção primorosa de Daniel Veronese e um recorte de luz que praticamente fotografa os atores nos principais momentos da trama, “Gorda” tem um texto moderno e realista escrito por Neil Labute, que dá um belo soco no estômago de quem se importa com a opinião alheia – e outro em quem acha que isso simplesmente não importa.

Em tempo: é merecida a indicação de Bertovitch e Fabiana Karla ganhou aqui uma fã, pois bem sabem os atores o quão difícil é interpretar um personagem que se aproveite de alguma característica tão sua, por mais que seja física.

Sobre o papel, a atriz declarou à Folha de S. Paulo: “É muito forte o que eles dizem de Helena pelas costas. Mas o preconceito é uma coisa real. Sempre me param depois do espetáculo para contar experiências. Virei uma espécie de Leila Diniz das gordinhas. Sou a voz que representa muita gente”.

Ao final, fica a pergunta: quanto vale o espelho? E o amor?
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